Bariloche: Guia com tudo o que você precisa saber
Esse post é como um guia com tudo o que você precisa saber sobre Bariloche.
Bariloche, cujo nome oficial é San Carlos de Bariloche, é uma cidade da Argentina, localizada na Patagônia Argentina na Província de Río Negro próxima à Cordilheira dos Andes fazendo fronteira com o Chile. Está cercada por lagos e montanhas o que faz dela um paraíso a ser visitado o ano inteiro, pois possui incríveis paisagens que deixa qualquer um de queixo caído.

O que você verá nesse artigo?
- Sobre a cidade de Bariloche e Onde ela fica
- O que saber antes de ir?
- Como ir?
- Quer economizar saindo do aeroporto?
- Como se transportar?
- Quando ir?
- Quanto tempo ficar?
- Onde ficar?
- Onde comer?
- Vida noturna
- O que não te contam sobre Bariloche?
- O que levar na mala?
- O que fazer?
Sobre a cidade de Bariloche e Onde ela fica
É uma cidade com 130.000 habitantes e consideravelmente “pequena” aos olhos das grandes cidades. Fica a 1.600 km de distância a sudoeste da cidade de Buenos Aires, capital da Argentina.
É considerada um pedacinho da Suíça que foi parar na Argentina. No alto dos cerros, morros, se tem a chance de ver neve bem pertinho. É ótimo para quem quer aprender a esquiar, mas também para quem quer somente se divertir com a neve. Para quem gosta de se aventurar, tem de tudo na temporada de inverno: esqui, esquibunda, tubing, moto de neve…
A cidade é muito fofa e lindinha, mas em 1 dia você conhece o centrinho e anda pela rua principal. O mais legal são os passeios que partem do centro e tem uma infinidade de opções onde você verá lindos lagos azuis no meio de montanhas com neve (inverno) ou com um lindo verde (se for no período da primavera até o outono). E sim, Bariloche vale ir o ano inteiro.
Com a situação financeira do país nos últimos anos e a desvalorização do peso em relação ao real, tem valido a pena viajar para a Argentina (mesmo com a alta agora em 2025 ainda é mais barato do que viajar para outros destinos) e conversando com os locais durante minha viagem nos falaram que o turismo para Bariloche cresceu muito, ainda mais depois da pandemia onde ficou muito mais caro viajar para outros países.

O que saber antes de ir?
Na cidade todos entendem muito bem o português, então dá para se virar muito bem. Tanto que na alta temporada (inverno) a cidade vira Brasiloche, como dizem.
Como ir?
São cerca de 20 horas de carro, por isso a melhor forma de ir para Bariloche é de avião. Voos de Buenos Aires para Bariloche tem 2h20 de duração. Dificilmente se encontra voo direto do Brasil para o destino.
Quer economizar saindo do aeroporto? Vá de ônibus ou van!
Saindo do Aeroporto Teniente Luis Candelaria tem serviços de ônibus ou van. O valor da van compartilhada costuma ser menos da metade do valor dos táxis. Já os ônibus são indicados para quem está com mala pequena, pois não há espaço para as bagagens. Para uma ou duas a van é suficiente para fazer o trajeto. Já se estiver em família vale tentar negociar o valor no remis se tiver rodando quando você for (pois o preço é tabelado e sem taxímetro).
Dica da Tha: Fazer os passeios de remis (tipo uber) geralmente sai mais barato do que contratar transfer compartilhado ou privativo para quem viaja em grupos de 3 ou 4 pessoas. Negocie o preço e combine o horário de retorno com o motorista. Corridas de táxi com taxímetro custam mais caro do que corridas de remis para longas distâncias. Já para se locomover pelo centro (se seu hotel não for por ali), o táxi costuma ficar mais em conta.
O que eu fiz? Contratei transfer, pois queria comodidade e garantia, já que quando fui estava tendo uma greve dos ubers (remis).


Como se transportar em Bariloche?
Há transporte público para algumas atrações, porém o serviço não é dos melhores e nem o mais confortável. Possui linhas para os principais pontos que os turistas costumam conhecer. Para o Cerro Catedral, que é uma das principais atrações, a frequência é de hora e hora e na alta temporada os veículos rodam lotados.
No site da empresa MiBus dá para ver os horários e paradas: https://mibus.com.ar/bariloche/. No posto de atendimento turístico que fica no centro cívico também tem folhetos com os horários e informações bem completinhas. As passagens só podem ser pagas com o cartão SUBE que é o mesmo usado em Buenos Aires. Por isso se você for antes na capital, guarde o seu cartão e recarregue (ou já leve com saldo) para usar em Bariloche também. Já se você for direto para Bariloche tente comprar nos kioscos da rua Moreno número 480 ou da rua Elflein. Para mais informações acesse ao site de turismo da cidade.
Em Bariloche não existe uber. Existe os ‘remis‘ que é como se fosse uber, mas é outro aplicativo. Contudo, tem tido manifestos contra o uso desse serviço e muitas vezes os motoristas são impossibilitados de conseguirem trabalhar. Com isso, o mais seguro é já contratar um transfer para fazer as locomoções necessárias, principalmente na ida e vinda do aeroporto. Indo em alta temporada o certo é contratar o serviço com antecedência de, pelo menos, umas 2 semanas para mais para garantir a vaga como tem ficado bem concorrido.
Dica da Tha: Pesquise os passeios que quer ir bem antes da sua viagem e procure nas redes sociais por agências de façam esses passeios. Feche antes e chegue com a grande maioria reservado (principalmente ser for em alta temporada). Deixe uns 2 dias sem nada para caso ocorra algum imprevisto, caso queira repetir algum passeio ou simplesmente descansar e curtir um super hotel apreciando a linda vista do lago beirando a cidade.


Quando ir?
Bariloche é um lugar que se pode ir o ano todo. Tudo depende do que você quer ver e vivenciar. As estações são bem definidas e iguais as nossas aqui no Brasil.
O verão (dezembro a março) é lindo e os locais vão para os lagos como nós brasileiros vamos as praias e lagoas. As montanhas ficam verdinhas e os lagos bem brilhantes.
No outono e na primavera são as ‘meias estações’ onde fica mais frio nos meses com maior proximidade do inverno. No outono tem as famosas folhas de outono e a paisagem também fica linda. Assim como na primavera.
Já o inverno é frio mesmo. Com temperaturas negativas e muita neve. Período ideal para quem quer praticar esportes de inverno.
Quero ver neve: quando devo ir? Se tratando da natureza, fica difícil dar 100% de certeza. Tem anos que pode nevar sempre nos mesmos meses, mas pode ter ano que tudo mude e não neve naquele mês. Como estamos com questões de aquecimento global bem forte, isso acaba alterando as “regras” das estações.
Mas indo pela normalidade, o mês mais provável para ver neve é julho e agosto. Acontece que muitas pessoas tem a “sorte” de ver nevar em junho também ou em setembro. Vai depender do ano. Estive na cidade no final de maio/início de junho e havia tido uma nevasca uma semana antes. Com isso alguns passeios já estavam disponíveis, mas muitos outros ainda não estavam. Então se quer garantir ver neve ou ter nevado para fazer os passeios, vá entre julho e agosto.

Quanto tempo ficar?
Eu diria que o mínimo é ficar 7 dias inteiros na cidade. Na minha viagem eu cheguei à Bariloche no dia 28 de maio de 2023 de manhã e sai dia 2 de junho de 2023 de noite. No primeiro dia aproveitei para conhecer o centro da cidade e no último só queria aproveitar o hotel e descansar.
Para quem vai no inverno, existem muitos passeios. Pesquise sobre a possibilidade de fazê-los antes de definir quantos dias ficar, pois a maioria dos passeios são de dia todo. Pensando nisso eu ficaria entre 9 a 10 dias.
‘Poxa Tha, mas não tenho todos esses dias… o que você sugere?‘
Eu diria que o mínimo para ficar em Bariloche seria uns 4 dias inteiros. Menos do que isso acho que seria desperdício.
Onde ficar em Bariloche?
Bariloche é um daqueles lugares que tem um centrinho pequenininho para conhecer e muitos passeios mais distantes, inclusive, em cidades próximas. Mesmo dentro de Bariloche existem “duas” opções.
Uma opção é ficar no centro cívico, perto da Rua Mitre. Lá você terá tudo de forma mais fácil. Muitas lojas para comprar roupas, souvenirs, chocolates, vinhos… além de lojas para alugar as roupas de neve/frio e muitas opções de restaurantes. É excelente também para quem não quer alugar carro.
Dica da Tha: para uma primeira viagem essa é a minha sugestão. Principalmente porque quase todos os passeios já te buscam no seu hotel e você não precisa usar o transporte público e nem carro de aplicativo.
A segunda opção para se hospedar em Bariloche é ficar mais distante do centro cívico ao longo da Av Bustillo. Você terá mais privacidade e mais calmaria. Contudo, precisará de transporte público ou carro de aplicativo/táxi sempre que for ao centro para compras ou para almoçar/jantar nos restaurantes.
Dica da Tha: se você puder, divida sua hospedagem em duas partes. Fique no centro a maior parte da viagem e tire 1 ou 2 diárias para ficar em um hotel mais distante e descansar. Eu fiz isso e foi uma das melhores escolhas que fiz.
Se não puder ou não quiser, defina sua prioridade na viagem e escolha.
Além de Bariloche, para quem vai pela segunda vez em diante vale se hospedar nas cidades próximas como Villa La Angostura ou San Martin de Los Andes. Para essa viagem sugiro alugar carro e ir parando nos lagos e cidades pelo caminho para maior imersão no local.
Dica da Tha: Se você que brincar muito de esquiar o ideal é pesquisar já um hotel que seja na base das montanhas mais próximas de ski.
Outro ponto importante é: quanto maior a antecedência em reservar sua hospedagem, mais barato você pagará. Na alta temporada, que é no período de inverno para ski que vai do meio de junho até o meio de setembro, os preços sobem absurdamente. Então nesse caso, antecedência é sinal de economia.
Dica da Tha: Onde eu fiquei? No Hotel Tres Reyes e no Design Hotel Suites. Veja o review que fiz NESSE ARTIGO AQUI – clique aqui.


Onde comer em Bariloche?
Uma coisa maravilhosa em Bariloche, assim como na Argentina num todo, é a carne. Nos cardápios da região você encontrará muitas carnes, peixes como truta e salmão, além de fondues, chocolate e vinho. O que não faltam são opções para todos os gostos. Eu amo conhecer a gastronomia durante minhas viagens e acredito que faz parte da cultura local.
Seguem aqui algumas opções que pesquisei antes da minha viagem para ir. Não fui em todas, mas vou colocar em seguida as que fui e o que achei:
- El Patacon
- El Boliche de Alberto – Parrilla
- La Marmite
- Confeitaria Giratória
- Chez Philippe
- El Boliche de Alberto (massas)
- Família Weiss
- Mamuska e Rapa Nui: famosas lojas que vendem chocolate






Vida noturna em Bariloche
Para quem gosta da vida noturna e quiser curtir um lugar descontraído Bariloche tem algumas opções bem bacanas.
Seguem alguns locais que pesquisei para ir, porém não fui a nenhum por motivo de escolha. O foco da minha viagem era mais para curtir o dia com os passeios e a noite ir aos restaurantes. Mas para quem quiser, fica a dica aqui. Se forem, me contem nos comentários se vale a pena ou não:
- Wilkenny – É um dos points da cidade. É um pub com características irlandesas bem famoso e com muitas cervejas artesanais. Tem um happy hour bem animado e DJ depois de uma da manhã.
- Ice Bar – Assim como em muitos lugares, Bariloche também tem um bar de gelo. Ele fica no Hotel Panamericano, é todo de gelo (mesas, bancos e paredes) e sua temperatura interna varia de -5° a -8° Celsius. Possui também dois palcos e um iglu. Antes de entrar você recebe luvas e roupas térmicas. Eles tocam músicas e as luzes são todas coloridas. Paga-se para entrar e até onde pesquisei está custando $14000 ARS e o tempo de permanência é de 25 minutos. E o mais legal é que eles tem também um bar normal além desse todo de gelo onde você pode ficar o tempo que quiser.
- Cervecería Blest – Foi o primeiro Brew Pub de Bariloche, logo o primeiro local a produzir sua própria cerveja que vende. Além de bar eles tem uma própria loja de souvenir. Pelas fotos que vi, achei o lugar lindíssimo.
- Bar Berlina Pueblo – É mais convencional com cerveja artesanal, petiscos e pratos elaborados também como truta e tábua de defumados.
Já para quem gosta de balada, seguem algumas opções:
- Cérebro – Possui uma decoração vanguarda e duas áreas de dança: uma com música pop e rock e outra com música eletrônica, além de possuir quatro bares e área lounge VIP.
- Grisu – Com música de rock, eletrônica e américa, essa é a balada considerada como uma das mais bonitas pelo fato de ser em frente ao lago Nahuel Huapi com uma belíssima vista ao amanhecer.
- Genux – Uma discoteca com arquitetura futurista, shows ao vivo e iluminação inteligente de última tecnologia.
- Roket – Possui uma estrutura física super impressionante com três áreas para estilos de músicas diferentes, área VIP, cinco bares, cinco níveis e iluminação inteligente a laser.
- By Pass – Possui um show de laser único na América Latina sendo um clássico de Bariloche. Com dois setores para dança, três bares, lounge VIP, iluminação robótica e tela de vídeo gigante.

O que não te contam sobre Bariloche?
Essa é uma parte que não lemos muito por aí e sempre queremos saber sobre o que não fazer ou sobre as ‘furadas’ do local.
Para começar eu diria que: neve é linda caindo ou no alto das montanhas. Na cidade vira um grande lamaçal onde você pode escorregar e ela fica escura por conta da sola dos sapatos. Por isso não dirija na neve. Além de precisar de pneus adequados, você precisa ter muito controle para não derrapar.
Outro ponto é: Bariloche é na beira do lago Nahuel Huapi e por conta disso o ar circula bem o que acaba aumentando a sensação do frio (venta bem).
Bariloche parece um lugar a parte se comparado à Buenos Aires. Então se você não curtiu muito a capital, não fique com má impressão de Bariloche. Um país é muito grande para se resumir só a uma cidade.
Outra curiosidade é que Bariloche faz parte da Patagônia Argentina. É bem o começo dela.
Dica da Tha: O passeio dos Sete lagos + Villa La Angostura eu acho válido fazer com céu mais azul e sol, seja com neve ou as montanhas verdes. Falo isso por conta dos lagos ficarem mais bonitos e a água mais clara com a incidência da luz do sol e as montanhas verde ou branca de neve. Estando nublado ou com chuva, a água fica mais escura e não aparece tanto a beleza que o lugar tem.
O que levar na mala?
Tudo depende do mês e clima que for sua viagem. Se for na época de calor leve roupas leves e tênis para andar nos passeios, chinelo quando fizer o passeio dos lagos para aproveitar a água ou fazer um piquenique. Óculos de sol é muito importante também por conta da subida e descida das montanhas onde o reflexo do sol pode atrapalhar.
Já se você for no frio não precisa comprar roupas de neve, pois em Bariloche tem lojas de aluguel que acredito que seja vantagem já que não acho que compense financeiramente comprar esse tipo de roupa, pois não usamos aqui no Brasil. O que precisa ser levado: roupas térmicas (inferiores e superiores). Isso sim acho válido comprar e pelos menos duas de cada para revezar nos dias. Além disso, meia térmica, luvas, cachecol e gorro. Principalmente para os passeios fora da cidade. Outra dica é ter um calçado antiderrapante para evitar escorregões.
Protetor labial acho muito importante também, por conta do frio que resseca. Assim como hidratante corporal.
Dica da Tha: Para os passeios com contato com a neve não recomendo o uso de rímel, mesmo os que são a prova d’água. Além disso sugiro tranças que ameniza o efeito do frizz.


Para alguns passeios a própria agência vai recomendar o uso de roupas próprias para atividades e contato em excesso com a neve. A Patagonia Showroom (Palacios, 151) é uma loja de aluguel de roupas bem legal que indicam (inclusive eu aluguei lá), mas há diversas outras na rua Mitre e suas transversais. Alugue o combo com conjunto de calça, jaqueta, luvas e botas impermeáveis.
O que fazer em Bariloche?
Esse tópico é super importante para o bom aproveito da viagem. Saber quais passeios tem duração de meio dia ou de dia inteiro é imprescindível para montar o roteiro antes de reservar hospedagem(s) e os voos. Imagina você descobrir que quer fazer um tanto de passeios e não tem tempo para fazer tudo que deseja. Ainda mais se você não sabe se vai conseguir voltar um dia (já que esse mundo é tão grande e muita gente prefere conhecer lugares novos). Então, veja antes de tudo o que o destino escolhido lhe oferece para depois fazer as reservas.
Você não precisa (necessariamente) contratar passeios antes de viajar a Bariloche. Use o dia da chegada para visitar as agências de receptivo que funcionam até 21h. Mas isso quando for viajar fora da alta temporada. Na temporada de inverno a cidade fica lotada e muitos passeios ficam reservados e você pode não conseguir fazer algum passeio se deixar para reservar ‘na hora’.
Em algumas opções você pode ir por conta própria, pois os ingressos podem ser comprados diretamente na bilheteria da atração. Sendo alguns desses:
- Piedras Blancas (tem pistas de esquibunda emocionantes)
- Euca
- Winter Park
- Cerro Otto
- Cerro Campanario (uma das vistas mais bonitas)
- Cerro Catedral (passes de esqui e teleféricos; visitar a base é gratuito)


Passeios bem legais que devem ser comprados nas agências:
- Circuito Chico
- Circuito Grande
- Cerro Tronador
- Passeios de barco (Bosque de Arrayanes com Isla Victoria, Puerto Blest)
- Nieve al Limite
- Glaciar Negro
- Passeios noturnos
- Transfers compartilhados



O ideal é tentar reservar transfer e os passeios com a mesma agência, pois assim você consegue um desconto. Ainda mais se pagar em dinheiro (principalmente com a atual cotação em relação ao câmbio do peso argentino para o real).
No artigo abaixo vou explicar melhor sobre os locais e sugerir roteiro.
Clique AQUI para ver o artigo O QUE FAZER EM BARILOCHE.

