Chegada em Londres
Chegada em Londres, como foi o processo ?
Eu até que dormi bem no voo, afinal muitos dizem que não conseguem, mas consegui. Até porque queria aproveitar cada segundo dos próximos dias e se não dormisse iria perder o dia seguinte dormindo, o que eu não queria. Quando acordei já me deparei com uma bela imagem e fiquei boquiaberta.
Isso não são nuvens. São montanhas de neve do sul da França. Coisa mais linda!!!! Feliz da vida, mas com fome. Hora do café-da-manhã. Será que seria bom como foi o jantar? E aí veio ele.
Pãozinho, danone, depois a bebida. Mas esse negócio aí do lado esquerdo, se isso era ovo devia ser de uma galinha doente, porque olha… estava bem ruim. E eu fui na vontade. Pelo menos deu para comer o restante e ficar alimentada. Depois vi mais um filminho. E a ansiedade que não acabava? Aguardando mais e mais. Doze horas dentro de um avião que não passa nunca. Enfim chegamos em Frankfurt….
Engana-se quem pensa que estava uma temperatura maravilhosa vendo esse céu lindo…. o frio era absurdo!
Chegada em Londres: Escala em Frankfurt
Agora é hora de contar a mini aventura do Aeroporto de Frankfurt. Creio eu, que por causa das olimpíadas de anos atrás, fizeram uma melhora e deram uma aumentada no aeroporto. Não consigo acreditar que ele já era grande desde muito tempo.
Como tínhamos menos de uma hora para o voo para Londres, tínhamos que ser muito rápidos e não perder tempo. A parte do desembarque é em forma de círculos. Não sei como deve funcionar pra quem vai desembarcar de fato, porém como estávamos em uma escala, não era preciso sair dali. Esse era o problema… a gente achou que estávamos no caminho certo e quando reparamos estávamos dando voltas pelo terminal. O engraçado é que a galera começou a rir e esquecemos da vida. Com isso, os engraçadinhos queriam ir no banheiro. Do lado de fora fazíamos um barulho que acho que o terminal inteiro devia estar ouvindo. E como gargalhávamos…
Até que perguntamos ao segurança do aeroporto, devíamos ter feito isso antes, e acertamos. Passamos pelo detector de metal. E foi tenso. Já havíamos passado no Brasil, então não teríamos problema, pensávamos. Só que tirar os sapatos ali naquele frio foi a coisa mais desesperadora. Bobos e tolos em pensar que a sensação de sair do avião e sentir o frio de 5ºC era a pior coisa. Tirar os sapatos foi pior.
Quase chegando…
Fomos tranquilos para o voo. Foi rápido. Uma horinha e meia. O engraçado foi a galera preenchendo o formulário de entrada em Londres. Precisa para entrar no país. Como faz isso? Coloca o que aqui? Eu não sei essa informação… Mas no final deu tudo certo. E a emoção ia se aflorando em cada serzinho que estava ali conosco. Todos ansiosos. Vendo cada detalhe.
Pobre ilusão de achar que debaixo das nuvens teria um sol lindo. Naquele momento começamos a ficar meio preocupados quando percebemos que o sol estava de um lado e depois do outro, e depois do mesmo lado, e depois do outro lado… o avião estava dando voltas para aterrissar. Será que vai dá? E todos preocupados achando que o mau tempo abaixo das nuvens poderiam fazer a gente ter que pousar em outro lugar. Mas de longe começamos a ver a terra tão sonhada…
A chegada em Londres finalmente
Tudo era lindo.Estavam todos de boca aberta e com um sorriso de orelha a orelha. Eu criei uma frase que virou bordão durante toda a viagem: “GENTEEEEE, EU NÃO ACREDITOOOO QUE ESTOU EM LOOOOONDRESSSSS !!!!!”
Descemos saltitantes do avião e procurando logo o banheiro. Depois a tensão para passar na imigração. A gente especulando as possíveis perguntas e pensando: “Como estamos em grupo e viemos para estudar é difícil de eles nos mandarem de volta. Vamos ficar quietinhos e educados.” Aos poucos foi chegando a nossa vez e por estarmos em grupo furamos uma fila gigantesca. Pega essa dica.
Minha vez. Um cara por volta dos 40 de idade. Grande e com a cara séria. Fiquei com medo dele me mandar de volta. Pegou meu passaporte, me fez uma pergunta por entre os dentes se eu estava com o grupo. Respondi que sim e ele carimbou em uma página aleatória no meu passaporte (que estou indignada até hoje) e passei. UFA!
Aguardei todos do grupo e agora era outra mais tensa. As malas. A Letícia falava: “Eu só vou sossegar quando pegar minha malinha linda. Quero minha mala.” A tensão dela passou pra mim. Mas fui esperta, pois coloquei etiquetas e várias fitinhas do senhor do Bonfim. Assim iria visualizar minha mala à distância. Dito e feito. Pronto… estava feliz da vida. Estávamos no Aeroporto de Heathrow. Estávamos em LONDRES.
Depois fomos para a saída nos encontrar com nossa líder de grupo, Almencina, que já estava em Londres.
Nessa hora lembrei… MINHA MÃE. Eu havia prometido que ia ligar para ela na chegada em Londres assim que conseguisse. Porém meu voo chegou quase as 14h, e só pude tentar ligar para ela na saída, quando encontrei Almencina, já eram quase 16hs, horário de Londres. Pensei: “Minha mãe infartou.”
Burocracias no Aeroporto na chegada em Londres
Falavam que era muito caro comprar chip de celular no aeroporto. Um colega do grupo foi em uma lojinha dessas que vendem tudo, lá tinha e não foi caro. Fui correndo pegar o celular e ele tinha descarregado. Peguei o carregador, o adaptador de tomada, procurei uma tomada e briguei para conseguir carregar.
Jamais esqueçam de verificar a voltagem da tomada do país de destino. Eu levei certo, mas estava fazendo algo de errado. Tinha esquecido de girar o botão pro ON.
Pronto. Coloquei o celular na tomada, coloquei o chip novo. Liguei para desbloquear e inserir os créditos que já vinham nele. E, acreditem, nervosa eu já não fazia nada direito. Primeira vez que você é pega lidando com o inglês britânico e se virando para acertar colocar o bendito dos créditos. Mas consegui depois de algumas tentativas. Disquei o telefone de casa.
Acreditem se quiserem, a ligação para número fixo pro Brasil era de graça. Minha mãe atendeu. Eu chorava feito criança e minha mãe preocupada: “THAÍS, O QUE ACONTECEU??? Está tudo bem? Aconteceu alguma coisa? Por que você demorou a ligar? Por que você está chorando? Quer voltar?”
E respondi: ”Nãoooo, mãe. Quero ficar. Está tudo ótimo. Estou chorando de alegria, de felicidade. Isso é um sonho e eu estou muito feliz!” Expliquei as histórias para ela de forma sucinta. Mais tarde explicaria melhor.
Transfer para as hospedagens
Fomos o último grupo a ir embora. Esperávamos nosso transfer. Super importante, pois o aeroporto não é perto do centro, mas dá para ir de metrô. Fica, mais ou menos, uma hora de distância. País desenvolvido é assim. E chegou nossa hora de ir. Veio nossa van. Saímos e… que gelooo. É inexplicável a sensação para alguém que mora no Rio de Janeiro com temperatura média de 25º e 29º durante o ano. Doía a ponta do nariz, as pontas dos dedos das mãos, os dedinhos dos pés… tudo.
Era muito frio mesmo! Achei que meus neurônios fossem congelam. E saímos de lá no ‘Speak English‘. Nossa ‘teacher‘ só falava ‘Speak English, guys, speak eeeeeenglisssssh‘. Na van fui andando para o lado direito (que aqui no Brasil é o lado do carona). Só que lá é mão invertida. Entramos pela esquerda e eu já pagando mico. Havia esquecido disso. Mal entrei na van e deixei uma luva cair no chão que sofri até a hora de descer e procurar. Fui com a mão dentro das calças pra esquentar. E fomos nós… Eu era a primeira da rota a ser deixada. Vamos as explicações.
Onde ficarei?
Optei por me hospedar em casa de família para conviver melhor com o inglês. A família é cadastrada no colégio onde estudaria. Tudo parte do pacote que a Cultura Inglesa fez. Fiquei no bairro Wembley. Sim, onde tem o Wembley Stadium, estádio onde vemos na TV alguns jogos e teve do Brasil x Inglaterra. Minha casa era a 10 minutos dali.
Detalhe que saímos do aeroporto umas quatro e pouca da tarde e já estava escuro parecendo noite. Eu olhava cada árvore. Cada rua. Cada carro com motorista dirigindo do lado direito. As ruas também são inversas daqui. A da direita é vindo e não indo. Enfim, loucura. Olhava os postes e via aquelas luzinhas. Pensava “Não… não estou indo para a Região dos Lagos… estou indo para minha casa em Londres.”
Como sou muito ansiosa e gosto de saber de tudo, antes de viajar eu já tinha o endereço da casa que ia ficar e já tinha visto no Google Maps e no Street View. Só que ele me enganou… me mostrava uma casinha bonitinha. Mas quando cheguei era a casa do lado… linda. Típica dos filmes que vemos na TV.
Chegando na minha hospedagem do intercâmbio
A van parou, procurei minha luva, coloquei na mão gelada e olhei para meus colegas e minha ‘teacher‘ com uma cara tipo: “E agora?”. E entendi a resposta no olhar. “Agora é com você…”
Toquei a campainha e veio um senhor sorridente e sua senhora mulher ao fundo com olhos atentos. Acenei para a van e ela se foi… Bati os pés e entrei na casa. O chão todo de carpete. Mas aquele fofinho que parece um tapete persa. O senhor me ajudou a subir com a mala. Colocou no quarto que seria meu pelos próximos dias. E olhei aquele quarto que parecia de mentira. Parecia de boneca.
Pensei “Que lindo, quero um desse para mim…” E desci. Comecei a conversar com o casal e a saber de como era a vida deles e eles a minha. A senhora me passou algumas instruções para facilitar minha vida. Ainda fez a boa ação de me mostrar o caminho até o metrô. Fomos de carro, mas a pé aquilo daria uns 10 minutos. Eu compraria o ticket de um dia, pois já havia lido sobre e minha ‘teacher‘ tinha falado, mas a senhora foi perguntar no guichê do metrô. E na porta da estação eu via os arcos do Estádio de Wembley.
Jantar de boas-vindas
Depois de tudo explicado voltamos para casa. Tomei banho e fizeram o jantar de boas-vindas com sopa de entrada, uma massa de prato principal e um bolo de sobremesa para mim. Pena que tinha passas e eu não gosto. Mas a massa estava tão boa que acabei comendo, pois não ia fazer desfeita. Depois de muito papo minha mãe britânica me aconselhou ir descansar para aproveitar o dia seguinte. E foi o que fiz. Subi, liguei meu notebook e o skype. Conversei com a mamãe… ali bateu um aperto no coração.
Estava dando novela aqui no Brasil… ‘Avenida Brasil’. E lá eram onze e pouca. Duas horas de diferença apenas. São três, mas no Rio estava em horário de verão, então diminui para duas horas a diferença. Depois de conversar com minha mãe e matar as saudades fui dormir. Com meia-calça, calça de moletom, blusas, casacos, meias, coberta e um edredom. Mais o aquecedor. Contudo estava quente, mas aconchegante.
E fui dormir… ansiosa para o primeiro dia, de fato, na cidade dos meus sonhos, Londres !!!
2 Comentários
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